[BF15] A volta por cima: das drogas a beira do gramado

Opa, tudo bem com vocês?

Muitos aqui não devem me conhecer, mas meu nome é Shane Hmiel (pronuncia-se Xêine Áimíl).

Fui um piloto da NASCAR de 2001 a 2005. Comecei na Dash Series, conseguindo duas vitórias na primeira temporada. Em 2002, fui para a Busch Series, e finalizei essa temporada em 16º. Em 2003, continuei na Busch Series, mas... acabei sendo pego no antidoping após uma corrida em Richmond em setembro. Gancho até o fim do ano.

Voltei na Truck Series em 2004 graças a confiança de Billy Ballew, consegui minha primeira vitória em Las Vegas. Em 2005 fui para a Braun Racing novamente na Busch Series, tive alguns desentendimentos com um ex-campeão e dei-lhe o dedo médio. Mas... em maio, novamente fui pego no antidoping. A minha carreira na NASCAR acabou ali, fui banido.

Passei três anos na reabilitação, e em 2009 voltei para o automobilismo na USAC, que corria com sprint cars na pista de terra. Minha experiência na NASCAR serviu, tive um certo sucesso até 2010, e cheguei até a vencer. Mas... bom, essa o vídeo explica por si só. Não há palavras - até porque nem lembro do que aconteceu.



A partir daí, eu fiquei paralisado do peito pra baixo, e minhas mãos funcionam com dificuldade. Mas nem por isso eu me abalei.

Em 2013, consegui fazer algumas voltas num carro acima de 160 km/h no oval de Rockingham, na Carolina do Norte. E, como todos lembram, em 2014 houve a Copa do Mundo no Brasil. Não nego que fiquei impressionado com toda a festa, com todo o sucesso que ocorreu naquele evento. O futebol me fascinou de uma forma que não me fascinava com esporte algum desde que comecei a correr.

E então, como sempre foi dito, o Brasil era o país do futebol. Como não há a necessidade de estar dentro do campo pra fazer parte de um time, pensei.... porque não tentar treinar algum time?

Enfim, a hora de pegar o avião para o Brasil. Além do que eu tenho, não teria nada além de um tradutor que iria me auxiliar (o que escreve essa saga), já que não teria condições de falar português de forma fluente - o acidente complicou algumas funções do cérebro, incluindo o aprendizado -, e meu pai Steve. Minha mãe e meu irmão ficaram nos Estados Unidos.

Cheguei, e aquela imagem de um país alegre se apresentou. Mas, óbvio, não poderia ficar viajando: eu precisaria arrumar um emprego. Só que seria complicado, afinal eu só tenho a ideia do básico do básico sobre ser treinador. De cara, alguns estados apresentaram clubes com tradição e história que me interessaram:

Alagoas
Amazonas
Distrito Federal
Maranhão
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Rio Grande do Sul

Vamos ver se algum time de um desses estados pode me aceitar. A baixa experiência e os problemas que ocorreram, desde as drogas até o pós-acidente podem complicar a situação.

Fala sério.

História bem criativa,gostei.Boa sorte!